Eu me organizo pra me desorganizar.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Dialogar-te

A arte é transformadora do próprio homem e é algo simplesmente tão bonito. É como a língua do espanhol, como a língua de portuguesa, uma língua à portuguesa que é recta e se enrola. Desenrola-se sem compasso, descontrola-se pelo ato. Eu não consigo saber se ela me transformou, eu não costumo saber se ser outro ser é saber sobre você mesmo, é saber algo.A arte ressurgiu entre as cinzas, as toadas de marte apareceram. A arte toma conta e invade o recorte pela janela de minha’lma. Cada parte com arte, cada cena escarlate, cada dança cantante, cada música dançante, coisas que posso ouvir, algo que só posso ver, A antropologia discute suas relações com a arte, a sociologia preenche algumas lacunas, a filosofia abre caminhos, a matemática traz transtornos leves, a biologia e todas as ciências sao matérias que levam um pouco de si para a arte, que vem com a chave de abraçar e abrir a gaveta dos meus sentidos, que vem com a vida me livrar dos arranhões. A arte definidifamente, traz a aurora da essência, traz o aroma de tudo que é bom e que nem cabe no meu olfato. Às vezes ela pede algo em troca e te arranca pela metade, mas ela é raiz que se finca no carbono e não vive sem oxigênio. Isso é um pouco ambíguo, mas fazer o que se tudo é ambíguo na vida? SE tudo na vida é ambíguo. A cada passo difícil ela segue me carrega em tuas costas e não me abandona por que com ela eu posso ser o que quiser, eu posso ser mais feliz, eu posso ser mais eufórico, eu posso chorar o que eu quiser, eu posso tudo que eu puder e simplesmente, eu também posso sorrir. Abrir a cortina da minha boca, abrilhantar a noite e etc e tal. Falando nisso, já natal, já é natal e eu sinto uma imensa saudade das Deusas das minhas estrelas, uma verde e a outra rósea, pérolas da minha história. Mas a saudade se compensa com a recompensa de ser arte, de ter arte. E essa palavra tão repetida, essa arte tão infinita me acompanha aonde vou com a minha fé. Não importa se a pé, carro, ou avião, eu sou sempre seu passageiro comendo milhas de segundos. Até mesmo no natal, na páscoa, no são João e em muitas outras festas de mim mesmo. Por toda a sua beleza eu prefiro você mesmo. Por toda a felicidade intensa, é preferível que seja assim. Arte por arte e eu por mim. Arte e eu por mim. No por do sol do jasmim, na lua-de-mel dessa longa viagem, na estrada surreal de minha imagem. Até aqui neste natal, ninguém vive sem arte, quanto menos eu! O que importa é que sempre só eu sigo, mas sem ela eu não vivo. Eu tenho apenas fome de arte e a minha boca, nem de cortinas abertas consegue acompanhar. Abocanhar. Espero que eu a eu próprio homem ela tenha me transformado, pois sem ela tudo estaria transtornado.

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