Eu mastigo cada pedra que perpassa à minha boca
Eu engulo cada pedregulho que arranha minha garganta
Eu sinto o céu da boca sem fôlego
Eu corto todas as unhas de minhas mãos vermelhas de sangue
Eu dou um passo para frente
Dois para trás
E ainda assim não desisto
A vontade de mudar o mundo permanece ainda no garoto vivo
Eu revejo tudo pela luneta diafragmática
E sinto a leveza da paisagem vida
Então assim nem sinto o gosto das pedras
Nem dos pedregulhos
A caminhada se torna longa
Se toma tonta
Nem se dá conta
Da imensidade
A cada passo eu quero um blues
A cada erro eu quero um Rock’n roll
A cada acerto um amor
E na dúvida, querei o que eu possa me dar
Vou metralhar todos esse hipócritas
Quebrá-los os dentes
Rasgar toda sua cara
Esmurrá-la a mil bofetadas
E a quem me detesta
Nem prece há, nem luz, nem ar
A quem me adora
Darei um beijo
O tempo não pára
Eu não quero o passo passado
Vou me vestir de futuro
Em noite de lua cheia
E ressucitar cada lágrima em meu olho vivo e latejante
Ver neste lago azul
Todos os espelhos que escolhi
E todos os que quebrei
Vou me afogar de tudo que preciso
Lavar-me despido e desprovido
Por um triz eu não vi o artista morrer
Essa é a vida que eu quis
Essa estrada eu não escolhi
Essa é a vida que eu quis
O caminho veio sóbrio
Eu que não enxerguei
Essa é a vida que eu quis
Ser feliz
É isso que quero pra mim
Ser feliz
Podem falar
Podem rir de mim
Podem me bater
Podem me ousar
Com todas as controvérsias e hipocrisia
De flor macia
De alma limpa, eu vos digo
Essa é a vida que eu quis
Guuui! Gostei dessa! Luteeee, nunca desista! bjão!
ResponderExcluirE é a cada pedra mastigada, a cada passo errante, a cada murro dado que a gente segue em frente... sempre em frente!
ResponderExcluirE talvez por isso o passado não te interessa mais e o futuro te caia tão bem!
Beijo!